PHA - Polihidroxiácidos

Os efeitos benéficos dos alfa-hidroxiácidos (AHAs) na pele foram descobertos no início dos anos 70. Estes incluem esfoliação, suavização da textura da pele e efeitos antienvelhecimento. Mais recentemente foi descoberta uma nova geração de AHAs, chamados polihidroxiácidos (PHAs), que proporcionam efeitos semelhantes aos AHAs, com minimização/ausência da irritação.

Os PHAs, tal como o ácido lactobiónico e a gluconolactona, são compatíveis com a pele clinicamente sensível, incluindo estados de couperose, rosácea e dermatite atópica, e não apresentam riscos, mesmo sendo utilizados após procedimentos cosméticos. Os PHAs têm propriedades humectantes e hidratantes adicionais comparativamente aos AHAs e podem melhorar a função da barreira cutânea, nomeadamente a nível da camada superior da pele (estrato córneo).

A gluconolactona é um componente natural da pele. Por ter um peso molecular superior, por exemplo, ao do ácido glicólico (AHA), a entrada das moléculas faz-se de forma gradual na pele, o que minimiza a irritação. O ácido lactobiónico, produzido por oxidação da lactose, é um humectante com capacidade de atrair e reter água, melhor do que humectantes comuns como a glicerina e o sorbitol.

A maioria dos PHAs contêm ainda propriedades antioxidantes. Os PHAs como a gluconolactona ou o ácido lactobiónico podem ser usados em combinação com procedimentos como laser e microdermoabrasão para fornecer benefícios adicionais à terapia ou aumentar o efeito terapêutico.

Vários estudos foram conduzidos relativamente à utilização de PHA em conjunto com outros ingredientes/produtos. Em conjunto com o ácido retinóico foram bem tolerados no tratamento do acne facial. Em combinação com o acetato de retinil (provitamina A) numa base de creme hidratante, evidenciaram benefícios para a pele nomeadamente antienvelhecimento, suavização da textura e hidratação. A sua associação à hidroquinona mostrou uma excelente melhoria nos parâmetros antienvelhecimento e diminuição da hiperpigmentação cutânea.